Se você tem interesse em ser enfermeiro em Portugal, primeiramente é necessário que você saiba sobre as diferenças entre o exercício das profissões nos dois países.
Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a atuação de enfermeiros no Brasil estão divididas em três categorias: técnicos, auxiliares e enfermeiros, sendo que cada um desempenha diferentes funções, por conta das diferentes formações.
Os técnicos e auxiliares, que são as outras duas categorias, formadas através de cursos de curta duração, atuam em atividades assistências.
Técnicos podem atuar em Unidades de Terapia Intensivas (UTI) e pós-operatórios, enquanto os auxiliares tratam de pacientes sem grau de complexidade.
Em Portugal a organização das funções é realizada de outra forma e é regulamentada pela Ordem dos Enfermeiros de Portugal através do Regulamento do Exercício Profissional do Enfermeiro (REPE).
Não existem técnicos e auxiliares, sendo que todos os profissionais da enfermagem em Portugal devem ser graduados.
Segundo a Ordem as categorias de trabalho dos enfermeiros de Portugal são divididas entre: enfermeiro, enfermeiro especialista e enfermeiro gestor. Em no artigo científico publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva Foi desenvolvido o histórico dos 40 anos da enfermagem em Portugal e a atuação no SNS.
A carreira do enfermeiro inicia com a cédula profissional definitiva, a passagem para especialista segue com o título de enfermeiro especialista e apresentar ao menos, quatro anos de exercício. O enfermeiro gestor, além da habilitação em gestão de serviços, deve ter ao menos três anos de atuação na especialidade da unidade em que irá trabalhar.
As principais diferenças estão na maneira como as atividades são divididas e na necessidade de que todos os profissionais, que estão nos cuidados diretos a pacientes, precisam ser enfermeiros graduados.
Segundo matéria do Portal IBSP Portugal definiu a necessidade da graduação para enfermeiros com o objetivo principal de ampliar a segurança dos pacientes. Na mesma matéria avalia-se que a compartimentalização das formações, dividindo em diferentes níveis de formação, como é feito no Brasil, pode causar um desnível no exercício das funções, o que possibilita maiores riscos aos pacientes.
No Brasil os técnicos e auxiliares promovem um atendimento efetivo aos pacientes, auxiliando as atividades hospitalares. No Código de Ética e Legislação do COFEN há a determinação que as atividades realizadas devem ser supervisionados por um enfermeiro. E os enfermeiros por sua vez, podem realizar atividades de maior complexidade com total autonomia.
Segundo materia publicada no Portal PEBMED, foi realizada uma pesquisa para determinar o perfil do enfermeiro no Brasil, chegando a conclusão de que uma média de 59% dos profissionais da enfermagem atuam no setor público.
Do total de profissionais que atuam no atendimento em funções de enfermagem, apenas 20% são enfermeiros e os outros 80% são técnicos e auxiliares.
Em Portugal aproximadamente 55% do total de enfermeiros trabalham na rede pública, através de contratos de tempo indeterminados e com dedicação exclusiva, o restante atua na rede particular.
O Jornal Polígrafo, mostrou que até agosto de 2020, existiam mais de 45 mil enfermeiros ativos no SNS, sendo que 74% atuam como enfermeiros, 24% como enfermeiros especialistas e apenas 2% realizam o exercício de enfermeiro.
Sobre como são as jornadas de trabalho e o que é ser um enfermeiro em Portugal, o site Sapo mostrou os desafios da profissão, com relação a extensivas jornadas de trabalho e horas extras realizadas pelos enfermeiros, justificadas pela falta de profissionais.
O Sindicado dos Enfermeiros Portugueses (SEP) tem discutido com o governo a necessidade de contratação definitiva e do recrutamento de novos enfermeiros para suprir a demanda e aliviar o estresse dos profissionais da enfermagem no país.
O contrato coletivo entre o sindicato dos enfermeiros, enfermeiro em Portugal tem como salário base dos enfermeiros a remuneração no valor médio de 1.201,48 euros ao mês, enquanto um enfermeiro especialista inicia com um salário de 1.407,45 euros.
Na categoria de enfermeiro gestor, a remuneração base é de 2.334,30 euros mensais.
Na mesma publicação feita pelo Jornal Polígrafo, também foi informado que existem 29 níveis remuneratórios de progressão na carreira.
No serviço privado, um enfermeiro inicia com o salário de 950 euros mensais, segundo o Jornal Diário de Notícias em fevereiro de 2019. Esse valor se mantém pelo período de um ano, quando passa a 1.180 euros ao mês.
No site da Ordem é possível acessar as áreas com maior concentração de enfermeiros em Portugal sendo que cidades atividades de enfermagem estão na Região de Lisboa e Vale do Tejo (34%) e na Região Norte (35%). Leia informações sobre novas unidades de saúde na Região de Lisboa.
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