Quase 400 mil cidadãos brasileiros residem em Portugal, com maior incidência em Lisboa, Cascais, Sintra, Porto e Braga
Aumenta o número de brasileiros atraídos pelas oportunidades profissionais e de qualidade de vida de Portugal, que deixam o Brasil para residir no país europeu.
A crescente imigração brasileira em Portugal vem predominantemente das grandes cidades, de várias classes sociais e tem entre 20 e 40 anos, de acordo com a coordenadora da plataforma de dados de brasileiros no exterior, Camila Escudero.
“É uma população altamente heterogênea, com condições sociais e econômicas impactadas pela situação que elas tinham no Brasil e que elas encontram em Portugal também”, explica Camila Escudero.
População brasileira em Portugal quadruplicou na última década
Em 2023, segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, a comunidade brasileira em Portugal era de cerca de 92.120 pessoas e já era a principal comunidade estrangeira residente. Uma década mais tarde esse número quadruplicou. De acordo com o SEF, estima-se que 393.000 cidadãos brasileiros residem em Portugal, com maior incidência em Lisboa, Cascais, Sintra, Porto e Braga, sendo que, no final de 2022, viviam em Portugal 239.744 brasileiros. Este número não abrange as pessoas com dupla nacionalidade.
‘Porta de entrada para outros países da Europa’
Conforme a professora Camila Escudero, da Universidade Metodista de São Paulo, responsável pelo projeto criado em 2022 com a missão de sistematizar, organizar e dar visibilidade aos dados que envolvem a presença de brasileiros no exterior, no caso de Portugal há também um entendimento do país “como uma porta de entrada para outros países da Europa”.
Crescimento dos brasileiros com um nível de escolaridade superior
Camila Escudero revela que há também um crescimento dos brasileiros com um nível de escolaridade superior, em relação às imigrações anteriores da comunidade brasileira em Portugal – a segunda maior do mundo fora do Brasil, só atrás dos Estados Unidos, que acolhe quase dois milhões de brasileiros.
“Muitas pessoas vindas de classe média/alta aqui do Brasil, que têm alguns recursos financeiros para se manter em Portugal, ainda que não tenham licença para trabalhar nas suas respetivas áreas de formação”, detalhou Camila Escudero.
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