Muito bem, sua família decidiu mudar para Portugal. O casal já encaminhou o reconhecimento de seus cursos superiores para serem competitivos profissionalmente. Agora precisam pensar onde os filhos continuarão a formação educacional.
Para começar, você precisa saber como funciona o sistema de ensino em Portugal.
O ensino público em Portugal é o mais utilizado no país. É considerado um sistema eficiente e rígido, se comparado ao ensino público brasileiro. Os professores são exigentes e delimitam bem a hierarquia desde os primeiros anos da criança na escola. Os professores não são os melhores amigos das crianças, mas acabam se tornando grandes exemplos e referência para os estudantes..
A escola pública em Portugal não é gratuita. Os alunos pagarão uma pequena taxa, diretamente relacionada ao salário dos pais.
O ensino em Portugal é considerado de boa qualidade e o ensino de línguas se destaca. Mesmo em escola pública, o estudante se forma falando fluentemente o português, o inglês e mais um outro idioma a escolha da turma (geralmente alemão ou francês).
O sistema de ensino em Portugal é dividido em quatro categorias, Infantário, Básico, Secundário e Superior.
Recebe crianças de 3 aos 6 anos, e equivale à creche no Brasil. Para conseguir uma vaga nos infantários públicos é necessário cadastrar e aguardar entre ser chamado. A candidatura está diretamente relacionada ao endereço residencial. Os infantários públicos recebem crianças somente a partir dos 3 anos de idade. Caso os pais necessitem de cuidados para os filhos antes disso, poderão recorrer a a creches do sistema privado.
No infantários os pais irão pagar pequenas taxas, condicionadas aos salários dos pais. Nas creches privadas os valores variam de 150 à 250 euros por dia.
Para crianças dos 6 aos 14 anos. É obrigatório estarem matriculados em uma escola. Os pais que não o fizerem respondem na justiça e podem até ser presos.
Portugal é um país cada vez mais adaptado à imigração constante. Então as escolas contam com professores habilitados para a inclusão de menores imigrantes. A adaptação na maior parte dos casos costuma ser tranquila.
As aulas são divididas em três ciclos:
Os alunos do 1º ciclo costumam ter uma carga horária de 25 horas semanais. Já no 2º e no 3º, as jornadas passam a ser de 30 horas semanais.
O secundário português é equivalente ao ensino médio no Brasil. Vai do 10º ao 12º ano. Quando o estudante completa esta fase já está apto a candidatar-se ao ensino superior.
No ensino secundário o aluno deverá optar pelas seguintes áreas de estudo:
A classificação final de ensino secundário, para efeitos de acesso ao ensino superior, é média aritmética simples, calculada até às décimas, sem arredondamento, da classificação final de todas as disciplinas que integram o plano de estudos, com exceção das disciplinas de Educação Moral e Religiosa, de Desenvolvimento Pessoal e Social e de Educação Física, e convertida para a escala de 0 a 200.
Portugal é signatário da Declaração de Bolonha, foi subscrita a 19 de junho de 1999 por 29 países europeus, entre os quais Portugal. Atualmente são 48 nações integrantes da Declaração.
Os signatários da Declaração se comprometeram a cooperar para garantir o alto nível de aprendizagem. Para isso, estabeleceu-se uma estrutura de três ciclos para compor os graus acadêmicos e Adotar o sistema de transferência de créditos ECTS.
Para medir o trabalho do aluno, as instituições de ensino superior na Europa usam um padrão único europeu: os créditos ECTS (European Credit Transfer System), que garantem a convergência dos diferentes sistemas europeus de educação superior. Cada crédito equivale a 25 horas de trabalho do estudante: horas letivas, de estudo, elaboração de trabalhos e estágios. As graduações, por exemplo, têm uma duração de 180 a 240 créditos ECTS.
As vagas para cada curso em cada instituição de ensino superior são fixadas anualmente pelas próprias instituições, tendo em consideração os recursos de cada uma e, no caso do ensino superior público, subordinadas às orientações gerais estabelecidas pelo Ministro da Educação e Ciência.
A ordenação dos candidatos a cada curso de cada instituição de ensino superior é feita pela ordem decrescente de uma nota de candidatura, calculada utilizando as seguintes classificações:
Classificação final do ensino secundário ou CFCEPE ——————–com um peso não inferior a 50%
Classificação das provas de ingresso————————————–com um peso não inferior a 35%
Classificação dos pré-requisitos de seriação, quando exigidos———com um peso não superior a 15%
Exemplo:
Aluno titular do curso científico-humanístico do ensino secundário concorre a uma instituição/curso que atribui o peso de 60% à classificação final do ensino secundário e 40% à classificação das provas de ingresso.
Realizou os exames nacionais, os exames nacionais, “X”, “Y”, correspondentes às provas de ingresso exigidas por essa instituição.
Classificações:
Classificação final do curso do ensino secundário ………………………………….. 14,6 valores
Classificação do exame nacional da disciplina “X”;…………………………………….. 172 pontos
Classificação do exame nacional da disciplina “Y”;…………………………………….. 175 pontos
Começa-se por converter as classificações obtidas na escala de 0 a 20 em classificações na escala de 0 a 200, multiplicando-se por 10.
Assim:
Classificação final do curso do ensino secundário ………………… 14,6 x 10 = 146 pontos
Seguidamente multiplica-se cada uma das componentes pelo respetivo peso e procede-se à soma dos resultados obtidos:
Classificação final do curso do ensino secundário …………………………. 146 X 0,6 = 87,6 pontos
Classificação do exame nacional da disciplina “X”;…………………………… 172 X 0,2 = 34,4 pontos
Classificação do exame nacional da disciplina “Y”;…………………………… 175 X 0,2 = 35,0 Pontos
Classificação do exame nacional “X” +” Y” = 34,4+ 35,0 = 69,4
Calcula-se então o total………………………………………………………87,6 + 69,4 = 157,0 pontos para esta configuração de curso.
Com estas notas fará a candidatura nas universidades de interesse e concorrerá a uma vaga com os demais alunos candidatos.
O sistema de três ciclos do ensino superior:
1º Ciclo:
Equivalente ao bacharelado, o primeiro ciclo é um programa de estudos de 180 a 240 ECTS. O curso geralmente tem duração entre seis e oito semestres;
O ciclo de estudos integrados conducente ao grau de mestre compreende de 300 a 360 créditos, bem como de 10 a 12 semestres curriculares.
2º Ciclo:
Compreendido entre 90 e 120 ECTS, o diploma de mestrado é obtido a partir do cumprimento de período mínimo de três a quatro semestres.
3º Ciclo:
Diz respeito ao doutorado com duração de cerca de 180 créditos, o que inclui ainda a elaboração de tese original e especificamente elaborada para este fim.
O calendário letivo começa em setembro e segue até a segunda quinzena de dezembro, sendo reiniciadas na primeira quinzena de janeiro e seguem até julho. O período de férias longas costuma ser a segunda semana de julho e agosto.
No calendário letivo, além das férias, há os recessos de natal e ano novo. Há também a semana da Páscoa que geralmente é de recesso escolar.
Para candidaturas, transferências e equivalências acadêmicas, fale com a Em Portugal Consultoria. www.emportugalconsultoria.com.br