Assim como no Brasil, em Portugal o curso de Medicina tem duração de 6 anos. Mas apesar do tempo ser o mesmo, os ciclos funcionam de maneiras diferentes (3 anos de ciclo básico e 3 anos de ciclo clínico), sendo este último ano do ciclo clínico destinado ao estágio supervisionado – conhecido no Brasil como internato.
Após esses 6 anos de formação acadêmica, o aluno que deseja ganhar autonomia deve obrigatoriamente fazer o 7º ano, chamado de Internato de Formação Geral – o que equivale a Residência Médica do Brasil. Somente depois de concluído esses 7 anos é possível aceder à especialidade através de um exame único que é feito anualmente. O PNA- Prova Nacional de Acesso.
O ingresso no internato médico faz-se mediante procedimento concursal único, ao qual devem apresentar candidatura todos os interessados em ingressar no Internato Médico, mesmo os que pretendam realizar unicamente a Formação Geral.
A Prova Nacional de Acesso (PNA) integra um conjunto de conteúdos e questões que visa avaliar os conhecimentos e a capacidade de raciocínio clínico, situando estes critérios ao nível do corpo de conhecimentos que um médico sem Formação Médica Especializada deve deter para efeitos de acesso à formação especializada.
Em 2019, os recém-formados em Medicina passaram a fazer a nova Prova Nacional de Acesso à Formação Especializada que veio substituir o “Harrison”, que já se realizava há quatro décadas.
O “Harrison” era constituido por 100 questões com 2 horas e meia para responder. O PNA é composto por 150 itens, com a duração de 240 minutos, ministrada em duas partes de 120 minutos cada, com um intervalo de 75 minutos.
Os temas da prova se distribuem da seguinte forma: Medicina — 50 %; Cirurgia — 15 %; Pediatria — 15 %; Ginecologia/Obstetrícia — 10 %; Psiquiatria — 10 %.
A prática da Medicina Geral e Familiar (MGF) é transversal a todas as áreas do conhecimento propostas para a PNA pelo que não foi identificado um subdomínio específico.
Para a preparação os candidatos podem usar como referência as provas de 2019 e as administradas por instituições internacionais e nacionais que coloquem a ênfase no raciocínio clínico e aplicação e integração dos conhecimentos clínicos. Por exemplo, o NBME® administra provas com aplicação nacional ou internacional que podem ser consultadas no seu site www.nbme.org.
A título exemplificativo pode também consultar alguns exemplos constantes na página eletrónica da ACSS, IP.
Para quem deseja o acompanhamento e orientação de especialistas para o estudo, sugerimos os conteúdos do site http://www.examedaespecialidade.pt/
Para quem fez a formação fora da União Européia, precisará fazer o reconhecimento do curso antes da candidatura. Para isso conte conosco! A Em Portugal Consultoria presta assessoria nos processos de equivalência e reconhecimento acadêmico. Mais informações acesse o nosso site em www.emportugalconsultoria.com.br