Desde a prevenção, ao tratamento e recuperação de atletas profissionais ou praticantes recreacionais, a especialidade de Medicina Desportiva é uma área em crescimento. Saiba mais sobre o percurso para ser médico em Portugal e atuar nesta especialidade, mesmo se terminou a sua formação no estrangeiro.
Quando foi reconhecida como especialidade em 2009, pela Ordem dos Médicos (O.M.), a Medicina Desportiva passou a distinguir-se como especialidade e não apenas uma área de conhecimento ligada ao desporto.
Segundo a O.M., a Medicina Desportiva assume um papel muito importante na ação de prevenção de doenças cardiovasculares, psiquiátricas e outras, através da promoção e prescrição da prática do exercício físico regular. Assim é essencial que esta especialidade cumpra a sua multidisciplinariedade através de uma formação completa e plural.
O mestrado integrado é um formato que inclui dois ciclos de estudos, licenciatura e mestrado, no mesmo curso. Em Medicina, a formação estende-se ao longo de 6 anos e inclui a formação teórica e prática do futuro médico.
Inicialmente, o estudante é introduzido aos conteúdos teóricos das ciências biomédicas, nos primeiros três anos do curso. Em seguida, o estudante é introduzido à prática clínica e cirúrgica no 4º e 5º anos, através de estágios rotativos com a duração de um semestre cada. O sexto e último ano é passado todo em contexto de hospital ou centro de saúde e cobre as mais variadas áreas da medicina. É ainda exigido um trabalho final, no formato de tese para terminar o Mestrado Integrado em Medicina, que vai contar para a nota final do curso.
São várias as universidades portuguesas que oferecem o Mestrado Integrado em Medicina, veja aqui quais são elas:
Já as Universidade das ilhas da Madeira e dos Açores oferecem apenas o primeiro ciclo do curso de medicina, correspondente aos três primeiros anos. Os restantes estudos são completados na Universidade de Lisboa e na Universidade de Coimbra, respetivamente.
O programa oferecido pela Universidade do Algarve difere dos restantes, focando-se em quem já é licenciado na área da saúde e quer completar os estudos e ingressar a carreira de médico.
Desde 2019 que para aceder às especialidades médicas é preciso realizar a Prova Nacional de Acesso (PNA). Este exame é realizado pela Administração Central do Sistema Nacional de saúde (ACSS)
A prova nacional de acesso (PNA) é realizada durante mês de novembro de cada ano, e é constituída por 150 questões que pretendem testar as competências dos examinados quanto aos mecanismos das doenças , capacidade de estabelecer diagnósticos , promoção de medidas de saúde preventivas , elaboração de um plano terapêutico e elaboração de um plano de gestão do doente .
Para os examinados, o resultados obtido na prova vai decidir qual a sua posição na lista de classificação e qual a possibilidade de aceder à especialidade preferida. Isto significa que os melhores alunos têm a oportunidade de escolher primeiro e ficar com as especialidades mais cobiçadas.
Existe ainda a possibilidade de escolher não fazer a Prova Nacional de Acesso ou não conseguir o aproveitamento suficiente para escolher uma especialidade. Nestes casos, os graduados que queiram, ainda assim exercer a profissão, vão ingressar o ano de internato médico obrigatório e depois desse ano irão poder trabalhar como médicos indiferenciados.
Depois da realização do exame à especialidade segue-se o ano de formação geral que é obrigatório para todos os que queiram exercer medicina, pretendam seguir para especialidade ou não. No decorrer deste ano o médico recentemente formado vai aprofundar os conhecimentos adquiridos e preparar para o médico para o exercício autónomo da sua profissão. Só no fim deste ano é que o médico poderá alcançar a sua autónima profissional.
Então, o médico que escolheu fazer a Prova Nacional de acesso e obteve aproveitamento suficiente poderá escolher a sua especialidade no fim do ano comum e seguir para 4 a 6 anos de formação de especialidade
A prática da medicina desportiva distribui-se em 4 pilares:
A formação específica em medicina desportiva tem a duração de 48 meses (4 anos) e é antecedida pelo ano comum. No ano de 2020 foi oferecida apenas uma vaga para esta especialidade. O plano do internato para a especialidade organiza-se da seguinte forma:
Apesar da avaliação ser feita continua durante o tempo de internato, é ainda obrigatório a realização de um exame final. Sem a realização deste exame a especialidade não estará concluída. Veja os critérios de admissão do exame à ordem de Medicina desportiva.
Veja abaixo as entidades representativas da área:
O colégio de Especialidade estabelece algumas normas de orientação na construção do CV de um especialista, veja a nossa matéria sobre como elaborar um currículo de médico especialista em Portugal.
Se já terminou os seus estudos em medicina fora de Portugal, ou já atuou como médico e quer trabalhar como médico em Portugal, tem de reconhecer os seus diplomas.
No entanto, o reconhecimento da especialidade, para quem já exercia medicina fora de Portugal, é um processo rigoroso. Quando comparada com o brasil, a formação do médico especialista é muito mais longa. Quanto mais anos de residência e formação você tiver mais desafiador será aproximar a o seu currículo brasileiro dos critérios português.
Muitos profissionais da área da saúde já recorreram à Em Portugal Consultoria para realizar os seus processos de reconhecimento do curso, especialidade médica e começaram a atuar no país.
Para saber mais sobre reconhecer o seu curso confira o nosso vídeo sobre o tema:
Se quer estudar medicina ou trabalhar como médico em Portugal fale com a Em Portugal Consultoria, realizamos reconhecimento dos seus títulos concluídos fora de Portugal.
Acompanhe ainda o blogue da Em Portugal para mais dicas sobre viver e estudar em Portugal! Queremos acompanhá-lo na sua vinda e sucesso em Portugal!
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