Em Portugal, um cardiologista leva em média 12 anos para completar sua formação – são seis anos do curso de medicina e, pelo menos, cinco anos de especialização, além de um ano de Formação Geral.
O primeiro passo para construir este caminho é cursar os seis anos do primeiro ciclo do Mestrado Integrado em Medicina. O curso é oferecido por 8 universidades públicas portuguesas e uma privada. A Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa, que é a universidade privada, passou a oferecer o curso este ano e o acesso é feito através do ENEM.
Na formação realizada em Portugal, nos três primeiros anos, o estudante é introduzido aos conteúdos teóricos das ciências biomédicas. Em seguida, nos 4º e 5º anos, ocorre a prática clínica e cirúrgica, com estágios de um semestre cada. O sexto e último ano é passado em Hospital ou Centro de Saúde, com um trabalho final, no formato de uma tese, que ao ser defendida com aprovação o estudante passa a ser mestre em Medicina.
Para cursar medicina em uma universidade pública, caso o estudante seja brasileiro, sem nacionalidade de qualquer país europeu, precisará residir legalmente em Portugal há pelo menos dois anos, sem interrupção, ou ter adquirido o Estatuto de Igualdade de Direitos e Deveres entre os brasileiros e os Portugueses.
Já no caso do ingresso na Universidade privada, a Católica, o candidato precisa ter concluído o ensino médio, ter realizado o ENEM e ainda ter equivalência ao secundário português.
A formação em medicina pode ocorrer em qualquer uma das faculdades de medicina que realizam o mestrado integrado:
Além destas oito públicas, ainda existe a possibilidade de ingressar no Mestrado Integrado na Universidade dos Açores e continuar o curso na Universidade de Coimbra, ou na Universidade Madeira e continuar os estudos em Lisboa.
No caso da Faculdade de Medicina da Universidade do Algarve o ingresso no Mestrado Integrado em Medicina é feito por titulares de uma licenciatura, que pode ser nas áreas de ciências da natureza, ciências da saúde ou ciências exatas.
No caso de ser um profissional que tenha realizado a formação em medicina em um país fora da União Europeia (extracomunitário) deverá fazer o reconhecimento acadêmico do curso de medicina. Para saber mais detalhes sobre como fazer o reconhecimento do curso de medicina acesse o site da Em Portugal.
Reconhecimento em Medicina
Após a formação ou reconhecimento, o profissional precisará fazer o registro na Ordem dos Médicos, prestar a Prova Nacional de Acesso e ser aprovado para o ingresso na especialidade de cardiologia.
Se o profissional já tiver cursado a especialidade médica em país extracomunitário, precisará solicitar o reconhecimento da especialidade.
Para o ano de 2021, o Ministério da Saúde português fixou em 2.400 o número de vagas para o internato médico, sendo 42 para cardiologia (35 para cardiologia, 4 para cardiologia pediátrica e 3 para cirurgia cardíaca).
http://www.acss.min-saude.pt/wp-content/uploads/2016/09/IM-2020-FE-Mapa-de-vagas_Aviso-17702-D_2020.pdf